sábado, 19 de setembro de 2009
ISTMO PERDIDO
Todo dia insisto, em sair do fosso frio
e cismo em pular fora do érebo abismo.
Arisco, incito o transe, atiço a troça
dos úmidos calabouços, mas no fundo, desisto.
Percebo a longínqua aurora que se desfaz no instante,
e a pestanejar persisto, na fugacidade das cores
perecidas, confundem-se virgens como riso infante
que vivaz desabrocha e murcha efêmero como as flores.
fatídico, o crepúsculo também se esvai no horizonte
como se a tarde sumisse, dentro de um ralo no céu.
e a noite abrisse um rasgo nas catacumbas da fronte,
a ferida noturna empunhalada com um cinzel.
quem sabe a vida é a fuga do atlas, ou a busca de um istmo
perdido entre a rota e o último paradeiro,
que oscila entre o cinza e a luz, revelando seu ritmo.
quem sabe inevitável, seja apenas a morte e o segredo
e que muito se evita de viver a vida verdadeira
esquecida entre o ciclo das eras e a época primeira.
(Théodor Bezellius)
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meu amorrr não soh tente...
ResponderExcluirtente até conseguir
você pode, ACREDITE!
gostei de ver a qualidade heim!!!