RASO OLHAR DE CANOA
Flutuante tábua de peito no rio,
a escorrer na líquida superfície,e mover-se alavancada por membros em remo,
como que impelida por um assobio.
Simbila ao vento, num vaguear ermo,
feito ave no assoalho espelho do céu,
a tocar as nuvens, como se na água aterrisse,
e deslize à procura de peixes, sob o aquático dossel.
Arrojar tarrafas, marcando a lâmina em relevo,
com a circunda rede, numa viscosa captura,
funesta pesca de cardumes, quando dá época piracema.
Um fastio de tilápias, surubins, piabas e mandis.
O timoneiro oculta-se da rota, esguio feito acará-bandeira,
e a fatigada madeira escora-se à sombra da ribanceira.
(Telmo)
um belo olhar sobre a canoa e o rio, poesia tocante.
ResponderExcluirE o "timoneiro" um viajante solitário... q desse pelo rio num tempo de "fastio" de peixes.
passando pra deixar mais uma vez minha marca.
bjss