APEGO
Amarraste o laço da vida entre os dedos
como quem pendura o arado na rosa,
e fez arder-te a lâmina em segredo,
e afiar a noite amaciando as horas.
Como quem cavaste os céus na terra,
penetras secreta em locas de rio
a perder-se trêmula na esfera,
onde bem vegetas, no cio.
Os seios, de vez goiabas.
Aréolas, talvez amoras.
Será que o sumo do fruto existe?
As unhas azuis arranhando as vestes.
Os beiços bordando arabescos.
Será carmin a cor das bordas?
Os dedos veludos, novelos.
Nas mãos, maçãs tocando violinos.
Serão luvas na pele mordiscando a carne?
como já dizia um velho amigo chamado Aristóteles: A finalidade da arte é da corpo a essência secreta das coisas, não é copiar sua aparência.
ResponderExcluirSIM!!!
ResponderExcluirobrigado pelas palavras - se aprende muito a se perceber pelos olhos dos outros >
bjs no coração!