sábado, 27 de junho de 2009

cúmulos nimbos


DA TRAGÉDIA E DOS DESTROÇOS

Cúmulos nimbos no assoalho do céu
sugando aviões da rota Rio-Paris,
tumultuando o atlântico à deriva no cais,
mais acumulos de destroços na caixa preta de papel.

Gigante peixe de aço perfurando nuvens,
esquivando-se dos não identificados feixes de luz.
Será dobrar o espaço encurtar o trajeto, dos
que cambaleiam perscrutando o desperdício na paisagem?

Místico supersticioso, tonto de acasos e números,
combinando análises entre pedras e búzios.
Músicas do atrito no vento das chamas de Ícaro
num abismo quase queda, perdidas plumas plúmbeas.

em vão os caçadores de OVNIs e fantasmas
com suas inúteis provas de mero feitiço,
querendo esclarecer a tragédia nos destroços
catando cacos nos cantos que antes não eram vistos.

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