Rembrandt - o moinho (1650)
FLAMMA PHRÉNESIS
Os crânios ainda que selados, lumen escuros,
por detrás dos claustros olhos, há mais janelas,
que arrancam os batentes e amansam os muros
da engenhosa alma arquitetada em celas.
Na caixa toráxica flui um pedaço do céu e
os telhados roubam-me um filete do fôlego,
na porta, pasmo coração bate, arrítmico tropel,
nos ácidos pés, balões de sangue trôpego.
A delícia na fome é a tormenta das entranhas,
consumir inexpimível sabor de brisa, na ânsia
do frêmito da vida, um frenesi em salivar.
As reais prisões residem na instância da consciência!
mesmo parados podemos sentir o inefável,
ainda que livres em labirintos de faunos.
Será a arte vício de pensar, ou ofício de fazer?
(Théodor bezellius)
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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